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Lilith na Astrologia Psicológica: O Despertar do Sombrio e do Poder Feminino

Querido leitor, hoje nos aventuramos em um tema que, ao longo dos séculos, carregou consigo mistérios, tabus e revelações profundas: Lilith. Essa figura mitológica, que na astrologia psicológica assume uma representação intrigante, não é apenas um símbolo do desconhecido, mas também uma chave que pode abrir portas para a nossa própria sombra e, consequentemente, para a cura de aspectos renegados da alma.

Quem é Lilith?

Na mitologia, Lilith aparece como a primeira mulher de Adão, antes mesmo de Eva. Ela se rebelou contra as normas que a submetiam, exigindo igualdade e liberdade, e por isso foi expulsa do Paraíso. Esse mito, carregado de simbolismos, oferece pistas preciosas sobre o que Lilith representa em nosso mapa astral: a face da sombra feminina, do poder reprimido, e a voz que se recusa a ser silenciada.

Lilith no Mapa Astral: Onde Mora a Sombra?

O ponto de poder oculto e sombra no seu mapa. Circundada por constelações e planetas, Lilith revela onde enfrentamos nossos desejos reprimidos e onde reside o chamado à nossa verdadeira essência.

Na astrologia psicológica, Lilith é um ponto no mapa astral que revela onde, em nossa psique, nos deparamos com temas delicados como repressão, instintos selvagens, sexualidade oculta e a relação com o poder. Lilith expõe onde fomos, ou somos, silenciados – não só pelo mundo exterior, mas, muitas vezes, por nós mesmos. Ela nos convida a resgatar esses aspectos negados da nossa personalidade e integrá-los de forma saudável.

O que isso significa?

Vamos imaginar, caro leitor, que Lilith esteja posicionada em Áries. Isso pode sugerir que, em algum ponto da vida, a expressão autêntica da sua vontade foi reprimida. Você talvez tenha aprendido, desde cedo, que “ser assertivo é ser agressivo”, e por isso, foi podado em seu impulso natural de agir e conquistar. No entanto, Lilith em Áries chama você para reconhecer e resgatar essa parte que clama por autonomia e coragem.

Por outro lado, uma Lilith em Câncer pode trazer à tona conflitos profundos sobre o conceito de lar, maternidade e acolhimento. Pessoas com esse posicionamento podem ter sentido uma desconexão com a própria família ou uma dificuldade em se sentirem “em casa” no mundo. Lilith aqui pede uma reconciliação com as questões do lar interior, abrindo espaço para uma segurança emocional que não depende da aprovação alheia.

Lilith, a Sombra e a Integração

Dividida entre escuridão e luz, Lilith representa a dualidade da psique humana. Seu lado selvagem e indomável encontra equilíbrio na serenidade e clareza, simbolizando a integração de nossas sombras e desejos mais profundos com a consciência iluminada.

Lilith, em qualquer mapa, representa a sombra. Mas, o que é a sombra? Jung, pai da psicologia analítica, nos ensinou que a sombra é composta por tudo aquilo que negamos em nós mesmos, seja por medo, vergonha ou censura social. Entretanto, tudo o que é reprimido não desaparece. Pelo contrário, atua de maneira inconsciente, às vezes nos impulsionando a comportamentos que não compreendemos. Lilith nos mostra justamente essas áreas de não-aceitação. Porém, ela não está ali para nos punir, mas sim para nos libertar.

O Desafio de Lilith: Confrontar e Integrar

Quando pensamos em Lilith, há sempre uma pergunta importante a se fazer: Qual parte de mim eu reneguei? Qual pedaço da minha essência eu me recuso a aceitar, talvez por medo de ser rejeitado, talvez por insegurança? Lilith pode simbolizar raiva reprimida, desejos não aceitos, traumas de relacionamentos ou cicatrizes de opressão. E, como uma grande mestra, ela nos desafia a encarar essas feridas, não para sermos consumidos por elas, mas para finalmente integrá-las de forma sábia e madura.

Vamos imaginar que você, ao ler este artigo, reconhece Lilith em algum lugar da sua vida. Talvez tenha reprimido a sua criatividade, o seu poder de liderança, ou mesmo a sua sensualidade. O convite de Lilith é claro: pare de fugir de si mesmo. Olhe para essas partes e pergunte-se o que você pode aprender com elas. Como você pode usá-las como uma fonte de poder, ao invés de medo ou vergonha?

Lilith e o Feminino Selvagem

Em meio à natureza indomada, sob a luz da lua cheia, Lilith se ergue como símbolo da força primal e da liberdade. Seu espírito selvagem ecoa a conexão profunda com o poder feminino ancestral e a essência incontrolável da alma.

Lilith, como figura arquetípica, está intimamente ligada ao feminino selvagem. Não o feminino domesticado, que é complacente e submisso, mas sim aquele que reconhece a sua própria potência. Isso não é exclusividade de mulheres, vale lembrar. Todos nós carregamos em nossa psique o feminino e o masculino, e Lilith pode surgir como uma força que exige a integração desses polos em harmonia.

Essa energia de Lilith, que é tanto intuitiva quanto instintiva, nos recorda do poder que reside em nossa natureza mais visceral. A mulher – ou o homem – que integra Lilith, aprende a não temer sua própria força, não pedir desculpas por seus desejos e a celebrar o fato de ser inteiro.

Conclusão: Lilith e a Jornada de Autoconhecimento

Ao estudar Lilith no mapa natal, você não está apenas desvendando aspectos ocultos de si, mas também sendo convidado a uma jornada de empoderamento pessoal. Afinal, compreender Lilith é entender que todas as partes de nós – inclusive aquelas que nos causam desconforto – têm algo a nos ensinar.

Querido leitor, eu lhe encorajo a investigar onde Lilith se encontra no seu mapa astral. Que ela possa guiá-lo para a reconciliação com seus impulsos mais profundos, ajudando-o a transformar o que foi reprimido em fonte de sabedoria e força.

Lilith é a guardiã da sombra, mas também da luz que emerge quando aceitamos todos os pedaços da nossa alma.

Referências Bibliográficas:

Greene, Liz. Astrologia e a Deusa Sombria: O Arquétipo de Lilith na Astrologia Psicológica. Londres: CPA Press, 2000.
Jung, Carl G. Aion: Investigações sobre a Fenomenologia do Self. Princeton: Princeton University Press, 1959.
Brown, Demetra. Astrologia Mística e o Feminino Reprimido. Nova York: Golden Path, 1995.

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